segunda-feira, 8 de abril de 2019

Novo amanhecer

Um tráfego intenso gera caótico engarrafamento. Desordenadamente, cada um luta por um espaço que entende como seu. 
Interessante de observar o dinamismo, desenfreado, dos veículos e motociclos, trotinetes e toda a variedade, de última gama, que se move pela cidade à velocidade da luz...Que pressa...Alucinante o ritmo que estressa qualquer olhar!
Turbulinho ensurdecedor que turva a mente, enrola pensamentos, em novelo gigante e emaranhado, no mais sensato humano.
Autocarros, especiais, movem-se neste corropio circulante. Repletos de observadores, atentos e curiosos, de máquinas penduradas, para mais tarde recordarem, seguem nesta engrenagem, na e à descoberta de cantos que os encantem.
Assim se inicia mais um amanhecer.

02/04/2019

Filomena Cabanas

O peso da história

Há lugares que nos deliciam o olhar e, pela beleza ímpar que os carateriza, preenchem-nos a alma, na simplicidade, transportando-nos a um mundo onde o sonho se confunde com a realidade.
Tonalidades várias comungam do mesmo espaço, coabitam na perfeição com a simbologia de peso que lhes foi confiada. 
Alta a escadaria...Gasta, mais pela erosão do tempo, que pela subida e descida de quem não frequenta tal lugar.
Escondida ou abrigada de ventos e tempestades, é capela que marca presença e deixa história nas histórias de muita gente.
Ar prazenteiro e altivo, impõe-se pelo encanto da paisagem, em recanto protegido, que um dia foi descoberto, admirado e escolhido!

07/04/2019

Filomena Cabanas


A timidez dos pensamentos

Desenhar letras, agrupá-las em palavras, devidamente conectadas, é dar forma a pensamentos tímidos que não permitem ser verbalizados.

21/03/2019

Filomena Cabanas

Artistas

Todos somos artistas num mundo cheio de possibilidades para darmos largas à criatividade. 
Com matéria prima oferecida pela mãe natureza e mão, ou pé, de obra gratuita, conseguimos desenhar figuras únicas, exclusivas e, completamente, "intuito personae".
É, sempre, possível a construção de algo parecido com castelos na areia, na versão de parente bem longínquo.
Estarmos vivos é o único requisito que tem que estar preenchido.

08/04/2019

Filomena Cabanas

O vicio

Comunicar é partilhar o que nos é dado a observar ou sentir.
Escrever é uma das milhentas formas de comunicar.
O vício da escrita é necessidade, sentida, de partilhar realidades observadas.
Bem vindos ao Vicio da Escrita!
Aqui, fala-se de Flor de Sal e nem só.
Já conhecem a prosa e poesia, filha do mar, das estrelas e de tudo o mais que nos inspira e transporta ao mundo da escrita?
O Vicio da Escrita convida, cada um de vós, a comentar, questionar e, até, criticar este condimento que provém do mar e, de forma mágica, assumiu formato de livro.
Vamos viciar-nos?


05/04/2019

Filomena Cabanas

Silogismo

Encontrar o caminho, é a meta.
Caminhar na direção certa exige técnica.
Saber onde nos leva esse percurso é dominar a técnica para alcançar a meta.


05/04/2019

Filomena Cabanas

Porque hoje é domingo

Porque hoje é domingo e estamos todos cansados, foi uma semana agitada...Não me apetece pensar em nada e muito menos em dar-Vos trabalho.
Ler também cansa!
Bem, também há diversas formas de ler.
Podemos ler sem a preocupação de percebermos o que estamos a ler.
Podemos ler, reler e voltar a ler todas as linhas para termos a certeza que não fomos trapalhões.
Podemos ler o que não está escrito.
Na minha modesta opinião, como é tão raro ler, quando o faço tenho o vicio de ler todas as palavrinhas, virgulas, pontos e linhas, tendo sempre, um especial cuidado em ler o que está entre as linhas.

13/05/2018

(Mena Dias)

Filomena Cabanas

Janela imaginária

Manhã fria, repleta de preguiça. Azul baço, sem alma nem energia, observa-me sem me convidar a caminhar, de par a par, pelo monte ou pelo vale... Quem sabe, até à praia ver as ondas em competição com cavalos de corrida que, da minha janela, imaginária, vislumbro na Herdade, lá no alto e em ponto de alerta, a vigiar o meu paraíso.
Desafiar a d. Inércia ou pintar de azul brilhante este céu que me abriga, são opções que imponho, democraticamente, à minha pessoa.
Abandonar a janela imaginária e caminhar, de par a par, com a vida em minha companhia!

06/04/2019

Filomena Cabanas

terça-feira, 2 de abril de 2019

Testemunho

"Em princípio seria um sábado trivial. Porém veio a ser um dia memorável pela deliciosa tarde vivida no Chiado Clube Literário, em Alcântara com a descoberta da Poetisa Filomena Cabanas, querida conterrânea, colega -e amiga, estou disso certa também. A primorosa apresentação do livro de poemas “ Flor de Sal “ por cada um dos intervenientes, recheada de diversos e bem condimentados acepipes linguísticos, complementada pelas palavras cheias de vivacidade e emoção por parte da autora, constituiu um verdadeiro banquete literário, ao qual nem sequer faltou um delicado e bem agradável “ Porto de honra”. A sessão permitiu simultaneamente momentos de fraterno convívio entre o invulgar número de atentos participantes, admiradores, colegas, conterrâneos, familiares, amigos da autora, a qual a todos dispensou invulgar atenção, carinhosa e personalizada, à medida que foi dando conta da longa tarefa dos pedidos de autógrafos. Foi uma tarde fantástica que agradeço a todos os que para ela contribuíram . Um muito amigo e cordial abraço.

MFátima Bento Soares"

25/03/2019

Batem à porta

Quando a campainha toca
É a saudade que nos chama
Onde fomos crianças a sorrir
Para um mundo promissor
De fantasias embrulhadas
Em papel de seda 
Debruado a rosa velho
Com cheiro intenso a felicidade
Nas fraldas da Gardunha
Conheci D. João quinto
Da realeza, as sete bicas
Jorravam alegrias e tristezas
Na calçada as cerejas
Espreitavam curiosas
Os meninos da escola.

26/03/2019

Filomena Cabanas

Um Paraíso

O que é o Paraíso?
Não sei…
Paz e bem estar é o estado d'alma
Será que estou no Paraíso?
Talvez!
Montes assimétricos
Ondas quase gigantes
Lindas!
Começam lá longe, muito longe
Muito altas! 
Terminam numa linda espuma que me banha os pés
Será que é o Paraíso?
Algumas parecem zangadas
Barulhentas!
Um barulho que se aproxima do ralhar com alguém
Será que é para mim o raspanete?
Não fui eu!
Bem distante do meu alcance
Um azul lindo e inocente 
Toca o céu!
Com o caminhar do meu olhar
Um azul menos celeste 
Envolve-se com um, qualquer, esverdeado 
Será que está a perder a pureza
Na proximidade dos humanos?
Talvez!
Embrenhada no sonho, balbuciei: 
O que é lindo, é!
Desci à terra, esfreguei os olhos
Pareceu-me ler:
SEJA BEM VINDO, ESTÁ NO PARAÍSO!

28/03/2019

Filomena Cabanas

Lisboa ao acordar

Um tráfego intenso gera caótico engarrafamento. Desordenadamente, cada um luta por um espaço que entende como seu. 
Interessante de observar o dinamismo, desenfreado, dos veículos e motociclos, trotinetes e toda a variedade, de última gama, que se move pela cidade à velocidade da luz...Que pressa...Alucinante o ritmo que estressa qualquer olhar!
Turbulinho ensurdecedor que turva a mente, enrola pensamentos, em novelo gigante e emaranhado, no mais sensato humano.
Autocarros, especiais, movem-se neste corropio circulante. Repletos de observadores, atentos e curiosos, de máquinas penduradas, para mais tarde recordarem, seguem nesta engrenagem, na e à descoberta de cantos que os encantem.
Assim se inicia mais um amanhecer.


02/04/2019

Filomena Cabanas