terça-feira, 30 de julho de 2019

Estado d'alma

Uma dor profunda
Corrói em câmara lenta
Nasceu na alma
Por aqui vai crecendo
Adolescente imatura
Ambiciosa
Em sonhos de juventude
Conquistadora
Açambarcadora
Do coração e da mente
Tudo quer
O corpo e o espírito
Ordena lágrimas
A olhos resistentes
Tristeza a um sorriso
Contrariado, lhe diz
Sai, pode ser de mansinho
Para não acordares
Sonhos lindos e doces
Com uma primavera
Prestes a chegar!


02julho2019


Filomena Cabanas

Vais ler?

Louca para escrever-te
Carta ou postal
A verde, importas-te?
É devir na esperança
Cor da mudança
Ou tinta azul a contrastar
Caída do céu,
Vinda do mar
É milagre a acontecer
Papel fino, delicado
Recetivo a sentimentos
Profundos e verdadeiros
Sei o que dizer-te,
Não sei se queres ler-me!


03julho2019

Filomena Cabanas

Futura Rosa

Eu sei
Ofereces-me uma rosa
Amarela, sedutora
Colhida no monte
Ao nascer do sol
Ainda cheira a terra molhada!
Eu sei
Vai ser uma rosa linda
Sem espinhos
Caule de veludo, verde
Pétalas de seda
Porte esbelto, de princesa!
Eu sei
O porquê da demora
Vai ser uma especial rosa
Escolhida a preceito
Em campo repleto de beleza
Procuras a mais bela!
Eu sei
Que tu sabes
Que posso esperar
Até à eternidade
Pela rosa amarela
Com cheiro a felicidade!

06julho2019

Filomena Cabanas

Vamos jogar?

Parcas palavras
Jogadas
Em cartas trocadas
Sem endereço
Remetidas ao vento
Sem selo
Destinatário certeiro!
Na volta do correio
Que seja pombo
Carteiro
Venha a desejada
Saciar ansiedade
De ler, reler
Adivinhar
O que queres dizer
Em almejada carta
Tão fechada, até lacrada!


14julho2019

Filomena Cabanas

Invasores

Pétalas amarelas
Pintadas, salpicadas
Invadidas e aprisionadas
Por solidão traiçoeira
Cúmplice da tristeza
Cobardes no estar
Alojaram-se na rosa
Refugiadas na beleza
Inebriadas no aroma
Montaram arraais,
Não saem!!
Venha chuva ou sol
Uma forte ventania
Levem a agonia
Libertem as pétalas
De cretinos hóspedes
Devolvendo o encanto
Ao amarelo da rosa!


14julho2019

Filomena Cabanas

Silêncio

Silenciosa a cidade
Sem o corropio do dia
O tráfego evaporou-se
No nevoeiro da manhã
Silenciosa a rua
Do movimento de outrora
Despejada de peões
Residentes permanentes
Silenciosa a casa
Vazia da correria
Alegria da madrugada
Com o cheiro a café
Silenciosa uma mente
Cansada do pensar
Permanente e insistente
Numa vida p'ra amar,
Que silêncio de arrepiar!

15Julho2019

Filomena Cabanas

Renascer

És perfume e encanto
Transpiras pura beleza
Alegras meu olhaŕ
Carregas a magia
De novos renasceres
Em vidas cansadas
Vividas em desertos
Inertes, sem oásis!
És sol num cinzento celeste
Teus raios aquecem a manhã
Fria, gélida
Congelada de afetos
Em dia de verão!
És vento ou aragem
Que arrastas poeiras
De mentes conturbadas
Sem sonhos nem ilusőes.
És ar novo que se inspira
Verde esmeralda
Carregado de esperança
Novo sangue
Em artérias e veias
Que o conduzem
A coração feliz.

17julho2019

Filomena Cabanas 

Viajante noturno

O sono vagueia por aí
Menino da noite
Amante da lua
Amigo das estrelas
Não me faz companhia
Sono vadio
Deslumbrado pelo fado
Anda pelo Bairro Alto
Descansa na Mouraria
Não me convidou
Sono traiçoeiro
Esqueceu compromissos
Rompeu promessas
Ignorou a fidelidade
De comigo estar
Sono ingrato
Como te desejo
Esquece o fado
A noite no Bairro Alto
Segue as estrelas
A luz da lua
Conta-me estórias
De adormecer.

19julhode2019

Filomena Cabanas

Lágrima

Insistente se avizinha
Teima em aparecer
Saltitando
Da direita p'ra esquerda
Na tristeza do olhar
Sabe a sal
A saudade
Ou sabe-se lá!


Vem da alma
Das entranhas do ser
Acomodada em coração
Dilacerado
Jorrado de sangue verde
Transeunte persistente
Pelas veias e artérias
Espreita pela janela
Em escalada,
Escorre que nem rio
É lágrima,
Ou sabe-se lá!


28julho2019



Filomena Cabanas

Identidade

Sou onda em mar crespado
Espuma enrolada
Novelo emaranhado
Areia movediça em praia deserta.
Sou duna, em castelos, encastrada
De chorões enfeitados
Que brilham em cada amanhecer
Sorriem à lua nova, ao entardecer.
Sou veleiro atracado, resguardado
Em marina salgada
Amarrado a elos cegos
De corda, escorregadia, elaborados.
Sou vento enfurecido
Em campo árido, sem flores
Arrasta raízes e rizomas
Sopra a férteis sementeiras.
Sou onda, duna, veleiro
Sou vento,
Em busca de novas marés!

29julho2019

Filomena Cabanas

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Ser criança

Ser amado ao nascer
Acariciado
Mimado
Cuidado
Com mãos de veludo
Tratado
Alvo de sorrisos
Muitos abraços
Beijinhos e afago
Respeitado
No espaço e no tempo
Responsabilizado
Nas doses recomendadas
Pela evolução do tempo
Permitir
O saudável crescimento
É dever e necessidade
De adultos em sociedade!


01junho2019

Filomena Cabanas

Amor perfeito

Atração fatal,
Pisca-me o olho pela manhã
Prende-me requintado aroma
Envolve-me
Adoça a minha alma
Fala-me ao coração
Irresistível, a tentação!
Amor fiel
Perfeito na condição
Preenche o meu ser
De adrenalina no viver!


30maio2019

Filomena Cabanas

Aurora

Acordei primeiro que o sol, na noite em que o sono vagueou, por aqui e por ali. Insónia ou desejo de passear...Não me confessou por onde andou...Aproximou-se, pela madrugada, com carícias desajeitadas, como alguém embriagado pelo frio da noitada.
Desaforos de sono faltoso, é tarefa sem agendamento. Abandonar quem me esqueceu, respirar a maresia da manhã e esperar, na calma da hora, o sol de um novo dia!

29maio2019

Ansiedade

Esta ânsia de escrever, com tanta coisa para dizer, que atrofio...Letras trocadas em papel transparente, libertam frases desconexas...Não vais perceber!
No silêncio da noite, com a conivência das estrelas, que a lucidez seja cúmplice da caneta e, em papel de seda, te escreva tudo o que tenho para te dizer.


29maio2019

Filomena Cabanas

A rosa

Ofereço-te uma rosa
Especial colheita no orvalho da manhã
Escolhida a preceito, no seio da terra molhada
Era a mais bela, entre tanta beleza.
Amarela, cor perfeita
Dita a nossa amizade
Desinteressada no estar
Maravilha sentida!
É uma rosa sem espinhos
P'ra não te picares
Pétalas de veludo
Caule de seda em delicadas mãos.
Sei, não é aniversário
Nem especiais celebrações
É dia da nossa amizade
Por uma rosa lacrada!

27maio2019

Filomena Cabanas

Vens comigo?

Sentir a fúria do vento
No campo e no mar
Em competição de corrida
Agita folhas e ramagens
Desafia as ondas bravias.
Contemplar o sol que vai
Iluminar outras vidas
Aquecer outros mundos
Na tranquilidade da noite.
Passear pela avenida
Palmilhar ruelas e travessas
Dobrar esquinas
Encontrar becos com saída.
Sentar à beira mar
Desvendar mistérios noturnos
Admirar a lua e as estrelas,
Vão sorrir p'ra nós!
Dás-me a tua mão?

25maio2019

Filomena Cabanas

Perdida

Na penumbra do entardecer
Perdi-me no horizonte
O sol que se esconde
Nas colinas ou nos montes
Nos braços do mar que o protege
Até novo amanhecer!
Encontrei-me na aurora
Da madrugada resplandecente
Senhora a respeitar
Com relógio a despertar.
Com o acordar foi a magia
O encanto de estar perdida
Na linha do horizonte!


22maio2019

Filomena Cabanas

Um sonho

Sonhei contigo em sono tranquilo
Sorrias-me
Envolvias-me
Devolvias-me a paz
Deslumbravas-me na beleza
Encantavas-me!
Contaste-me segredos
Abraçavas-me com braços de seda
Voávamos em asas brancas
Eram de anjo, com certeza.
Cheiro intenso, inebriante
Eras tu por inteiro
No sonho traiçoeiro!


21maio2019

Filomena Cabanas

Ave responsável

Altiva no porte
Elegante na pose
Controladora no tráfego
É comando telepático.
Organizados seguiam
Em veraneio de domingo
Na calma da baía
Navegantes sem rumo.
Tela pintada
Aguarela perfeita
P'ra quem se passeia
Em mágico lugar.
Ave sedentária
Nem desviou o olhar!

19maio2019

Filomena Cabanas

Memórias

Em memórias sonhadas em tempo promissor, pintado a rosa.
Espaço vago, generoso e amplo, largas portadas e janelas rasgadas pelos rebeldes e invasores raios solares que, sem serem convidados, inundavam a mente de luz, brilhante e ofuscante, aqueciam a alma e alojavam-se em coração feliz em receber ilustres visitantes. Os frondosos jardins que emanavam, forte e conquistador, odor a rosas silvestres desprovidas de espinhos, completavam o cenário dos sonhos, em memórias guardados.

17maio2019

A janela

Janela real gravada
Nas memórias de menina
É janela encantada
Esculpida na saudade
Centenária, milenária
Vitalicia na validade
Pedra dura, resistente
Encastrada na eternidade
Silenciosa, confidente
Cofre selado
Depósito de emoções
De histórias e canções
Ventos e ventanias
Tempestades destemidas
Passaram, não arrastaram
Sonhos sonhados
À janela da fantasia.

13maio2019

Filomena Cabanas

Horizonte

Olhar vago alcança longe
Um horizonte sem linha
Espaço aberto ilimitado
Sem amarras nem grades
Convida a um sonho acordado
Continentes percorridos
Em viagens reais na irrealidade
Ė a liberdade em forma pura
Do pensar ao sentir
Misturam-se emoções e ilusões
Vou sem saber onde
De barco, a nado
Pelos ares, voando
Sou ave, esvoaçando!


07maio2019

Filomena Cabanas

Por aí

Perdida em vielas sem cheiro
Rodopiando rotundas em busca de cor
Devoram-se placas de dizeres esbatidos
Gastas as letras de tanto lidas
Exausta
É canseira da procura
Abanca em praça vazia
Pensamentos ao vento
Sentimentos que voam
Pelo infinito
Repleto de paz
Em campo branco e amarelo
Repousou a alma da fadiga
Pelo espaço navegou
Ainda anda perdida?


06maio2019

Filomena Cabanas

sábado, 4 de maio de 2019

Paradoxo

Pintar a lápis de carvão
Desenhar a tinta-da-china
Escrever com pincel dourado
Em papel acetinado
Letras arredondadas
Somadas e cúmplices 
Na construção perfeita
De frases imperfeitas
Sem início nem fim
Que nem reta iluminada
Pela lua em noite escura
Na busca incessante
De decifrar um nome
Na amálgama das letras
Que perderam a forma
Encandeadas pelos raios
De um sol promissor!


03maio19

Filomena Cabanas

Penas de pavão

Camuflado irrequieto
Move-se em alta destreza
Arrasta penas p'ra vida
Será solidão vivida?
Longas
Percorrem um Éden sombrio
Coloridas
Brincam na relva às escondidas
Salpicos brancos, floridos
Quebram a monotonia
Da verdura tranquila
No descanso do dia
Pavão solitário
Passeia-se
Sem se pavonear
Discreto no andar
Procura companhia?


02maio19

Filomena Cabanas

Despedida

Veio despedir-se. Chegou bem acompanhado. Um sol que promete ser radioso, avisa-nos que abril está de partida. Perante semelhante delicadeza, resta-nos dizer-lhe que o esperamos na próxima época e, que até lá, vamos ser merecedores dessa nova vinda, lutando para manter todo o seu conteúdo intacto, mas lutando para um melhor aproveitamento de toda essa matéria prima oferecida, mas sofrida.

30abril19

Filomena Cabanas

Terno viajante

Cantarolando por aqui e por ali
Sem poiso nem beira
Movida na liberdade
Despida de preconceitos,
Poisa em qualquer mesa
Ave de rapina
Pombo atrevido
Procuras migalhas
Com bicadas certeiras
Observador requintado
Não te delicias ao acaso
Seletivo e exigente
Todo prazenteiro, imponente
És passarote viajante
Teu canto me cantou
Canção de encantar
Doce o teu piar
Deixa de ser nómada
Não mudes de lugar!

29abril19

Filomena Cabanas

Nova oportunidade

Porque hoje é domingo, há tempo para nos debruçarmos sobre a varanda e espreitarmos, pelo melhor ângulo, soberbas paisagens que a natureza nos ofereceu.
Deliciar o olhar, alegrar o espírito, renovar a mente com o ar fresco da madrugada e, de coração cheio, abraçar o novo dia que nos saúda e diz:
- Mais uma oportunidade para seres feliz!

28abril19

Filomena Cabanas

Saudade

Decretado por mim, aprovado, ratificado e, em breves segundos, publicado
pela minha pessoa, hoje é o dia universal da saudade, naquele universo que ė de exclusiva titularidade da signatária.
Aquela lágrima, saltitona e teimosa, apressou-se na chegada sem ser convidada. Arrastou a mente e, coniventes, invadiram o coração. Que trio...Unidos na cumplicidade, de forma imperativa e num quadro perfeitamente democrático, levaram-me para lugares fabulosos frequentados por pessoas lindas e muito amadas que, em verdadeira reciprocidade, acarinharam e foram acarinhadas. Sorrisos e gargalhadas, abraços e afetos, contos e histórias de encantar foram presença assídua, em serões à lareira.
A lágrima, a mente e o coração, juntaram-se à alma, para, todos juntos, celebrarem o dia universal da saudade!


26abril19

Filomena Cabanas

O dia de abril

Pacato e silencioso assim se apresentou, sem indiciar qualquer mutação neste estado, fronteira com a inercia, parente chegada da preguiça, o dia de abril.
Abril, águas mil reza o povo e sua sabedoria. A chuva vai lavando, sem se cansar, a calçada popular, com um frio de rachar a assessorar!
Será que mudo e pacato vai continuar?
Capítulos futuros, a seguir!

25abril19

Filomena Cabanas

Caminhada

Passo a passo se faz a caminhada. De olhar firme e determinado seguimos pelo infinito, em linha reta e paralela a íngremes e tortuosas curvas e contracurvas, em busca do lugar sonhado.

24abril19

Filomena Cabanas

Parabéns no teu dia

Um livro é presença viva
Companheiro na solidão 
Amigo na tristeza
É alma com leveza
Um livro é compilação 
De sentires ou viveres
Relata contos ou histórias
Leva-nos em viagens
Um livro é adorno
Em estante enfeitada
É saber dividido
Em capítulos escrito
Escrever um livro liberta
Ter um livro é mais valia
Ler um livro é adquirir sabedoria
P'ra toda a vida!


23abril19

Filomena Cabanas

Hino da Alegria

Deliciosa tranquilidade
Calma inspiradora
É a realidade que me abraça
O cheiro, que me conforta,
A algas e maresia, secas ao vento
Saúda-me e sorri
Canta, só p'ra mim
A Quinta Sinfonia.


20abril19

Viagem da mente

Bagagem leve 
Espirito ao vento
Fixo o olhar no horizonte
Perde-se na imensidão
Viaja por terras prometidas
Confunde céu e mar
Atravessa continentes
Visita terras conquistadas
Por portugueses destemidos
Revê a História aprendida
Na escola de menina
Em veleiro das cruzadas
Aterra na realidade
Das conquistas perdidas!


20abril19

Filomena Cabanas

Magia

Sou nuvem movediça
Desalojada de terra firme
Árvore ascendente
Ambiciosa no trato
Em lago translúcido
Azul de verde pintado
Sou palmeira sombria
Semeada pelo vento
Recortada na folhagem
Guardiã na cumplicidade
De amores e desamores
Em jardim secreto
Sou céu e terra
Água parada, estagnada
Ansiosa, aguarda magia
De golfinho dançante
Andorinha ou canário
Que alegrem o lugar!

13abril19

Filomena Cabanas

Saudação matinal

A aurora saúda-nos...Raios de sol disparam para todos os cantos do mundo, deixam lágrimas, por aqui e por ali, a salpicar a terra com a chuva celeste que rejuvenesce os verdes da primavera.


14abril19

Filomena Cabanas

Paraiso

Lugares de sonho iludem-nos na ausência, improvisam asas que nos permitem sobrevoar, que nem andorinhas, cruzar os céus e aterrar bem no meio do paraíso.

12abril19

Filomena Cabanas

Desconhecido

Algo desconhecido, mais à frente, espreita-nos para nos dar as boas vindas, à chegada.
Motivados pela descoberta do imprevisto, caminhamos, em passos largos e apressados, atravessando pontes, dobrando esquinas, nunca esquecendo de contornar as rotundas.

11abril19

Filomena Cabanas

Aroma da madrugada

Um cheiro a terra molhada delicia o meu estar. Aroma fresco, em cumplicidade perfeita com rosas e trepadeiras que enfeitam e trepam pelas paredes do mundo, é o motor de arranque nesta manhã de abril.
Em busca do lugar perfeito, instalei-me em sitio hospitaleiro, rodeada de verdes cintilantes e atrativos às aves que me piscam o olho e alegram o meu ouvido com chilreios de encantar.

10abril19

Filomena Cabanas

A benção da vida

A vida é uma bênção.
Poderosa, imponente e sem pedir licença, surge do meio do nada ou de tudo, saudando-nos em cada manifestação da sua gloriosa existência!

09abril19

Criatividade humana

Todos somos artistas num mundo cheio de possibilidades para darmos largas à criatividade. 
Com matėria prima oferecida pela mãe natureza e mão, ou pė, de obra gratuita, conseguimos desenhar figuras únicas, exclusivas e, completamente, "intuito personae".
É, sempre, possível a construção de algo parecido com castelos na areia, na versão de parente bem longínquo.
Estarmos vivos é o único requisito que tem que estar preenchido.

08abril19

Filomena Cabanas

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Novo amanhecer

Um tráfego intenso gera caótico engarrafamento. Desordenadamente, cada um luta por um espaço que entende como seu. 
Interessante de observar o dinamismo, desenfreado, dos veículos e motociclos, trotinetes e toda a variedade, de última gama, que se move pela cidade à velocidade da luz...Que pressa...Alucinante o ritmo que estressa qualquer olhar!
Turbulinho ensurdecedor que turva a mente, enrola pensamentos, em novelo gigante e emaranhado, no mais sensato humano.
Autocarros, especiais, movem-se neste corropio circulante. Repletos de observadores, atentos e curiosos, de máquinas penduradas, para mais tarde recordarem, seguem nesta engrenagem, na e à descoberta de cantos que os encantem.
Assim se inicia mais um amanhecer.

02/04/2019

Filomena Cabanas

O peso da história

Há lugares que nos deliciam o olhar e, pela beleza ímpar que os carateriza, preenchem-nos a alma, na simplicidade, transportando-nos a um mundo onde o sonho se confunde com a realidade.
Tonalidades várias comungam do mesmo espaço, coabitam na perfeição com a simbologia de peso que lhes foi confiada. 
Alta a escadaria...Gasta, mais pela erosão do tempo, que pela subida e descida de quem não frequenta tal lugar.
Escondida ou abrigada de ventos e tempestades, é capela que marca presença e deixa história nas histórias de muita gente.
Ar prazenteiro e altivo, impõe-se pelo encanto da paisagem, em recanto protegido, que um dia foi descoberto, admirado e escolhido!

07/04/2019

Filomena Cabanas


A timidez dos pensamentos

Desenhar letras, agrupá-las em palavras, devidamente conectadas, é dar forma a pensamentos tímidos que não permitem ser verbalizados.

21/03/2019

Filomena Cabanas

Artistas

Todos somos artistas num mundo cheio de possibilidades para darmos largas à criatividade. 
Com matéria prima oferecida pela mãe natureza e mão, ou pé, de obra gratuita, conseguimos desenhar figuras únicas, exclusivas e, completamente, "intuito personae".
É, sempre, possível a construção de algo parecido com castelos na areia, na versão de parente bem longínquo.
Estarmos vivos é o único requisito que tem que estar preenchido.

08/04/2019

Filomena Cabanas